

CASAL DA BOUÇA
CASAL DA BOUÇA
Tommy Ferreira, natural de Souto, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, e proprietário do Casal da Bouça, abraçou desde tenra idade o negócio da família e fez da produção pecuária uma forma de vida, contando já com uma exploração de mais de 120 vacas reprodutoras de raça Maronesa.
Tem 32 anos, nasceu e cresceu no concelho aguiarense, foi estudar Gestão na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), mas é na aldeia que quer viver e trabalhar.
Tommy confessa que foi a liberdade e a independência que o prenderam à vida que decidiu abraçar. “Nós somos os patrões de nós próprios, apesar de nunca podermos falhar às tarefas, porque há coisas que têm sempre de ser feitas”, contou.
CASAL DA BOUÇA
O jovem criador de gado tem o futuro bem estruturado, que passa por um projeto em nome próprio, sem nunca deixar para trás os pilares que manteve da família. O objetivo é agrupar mais explorações, de forma a “aumentar a dimensão do negócio, sem diferenciar o que está feito”.
Na produção da família de Tommy, em modo extensivo, as vacas vivem ao ar livre na pastagem e em comunidade junto de outras vacas. Não vivem em estábulos, nem são alimentadas totalmente à base de rações.
Para além de ser um modelo benéfico para os animais, tem também um papel fundamental na proteção do meio ambiente, porque “estão a reduzir a quantidade de biomassa e de matéria combustível no monte”, prevenindo os fogos severos, com consequências para a população e para o meio ambiente.
O Casal da Bouça, tem também uma manga de maneio animal inovadora. Aparenta ser um autêntico labirinto, mas tem a sua razão de ser, e são muitos os curiosos que se deslocam a Souto para conhecer este projeto inovador e praticamente inexistente em Portugal.
Desenvolvida por uma engenheira canadiana, com autismo, a manga fez parte de um projeto para tentar desenvolver um modelo que permitisse trabalhar com os animais, em questões de sanidade, reduzindo o stress aplicado aos próprios e aumentando a segurança dos utilizadores.
A partir do momento que os animais entram naquela manga, já não têm ninguém em contacto por dentro. As pessoas trabalham por fora e o “labirinto” é feito com um ligeiro ângulo que está relacionado com ângulo de visão dos animais, para os próprios terem sempre a sensação de manada e seguem o caminho de forma mais tranquila.
Tommy explica que a manga é utilizada todos os anos na “vacina obrigatória”, e para carregar os animais quando vão para vender ou para abate. “Neste momento, com a dimensão da manada, se não fosse uma estrutura deste tipo era muito difícil para nós conseguir fazer isso”, referiu.
Tem 32 anos, nasceu e cresceu no concelho aguiarense, foi estudar Gestão na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), mas é na aldeia que quer viver e trabalhar.
Tommy confessa que foi a liberdade e a independência que o prenderam à vida que decidiu abraçar. “Nós somos os patrões de nós próprios, apesar de nunca podermos falhar às tarefas, porque há coisas que têm sempre de ser feitas”, contou.